sábado, 26 de dezembro de 2009

Planejamento de aula - Cidadania

Tema: Cidadania é quando ...

Ano: 3ª serie

Tempo estimado para atividade: 15 dias, 50 minutos em media

Materiais necessários: livrinhos em sulfite..., lápis de cor, giz de cera, lápis preto , borracha

Organização da sala: roda de conversa

Desenvolvimento

Inicio da aula , colocar o verso (cidadania é quando...), na lousa as crianças copiam no livrinho, é aberta uma roda de conversa, e todos podem opinar sobre o tema, lembrando que cada página é um tema...ligado ao dia -a-dia do aluno, baseando-se em atitudes de boa cidadania.

Produto final

Livro montado pelos alunos sobre a cidadania

Avaliação

Atividade tem que ser avaliada através da participação e colocação do aluno dentro da roda de conversa, pelas ilustrações do livro ( se estavão de acordo com o texto e coerente com o que foi falado) além do capricho do aluno.

Planejamento de aula - Roda de Leitura

A modalidade será Roda de Leitura.




Objetivo:

• Desenvolver o prazer de ler.

• Favorecer o contato com diversos portadores de texto ( revista, livros, jornais ).

• Trabalhar os hábitos de leitura, desenvolvendo na criança o interesse pelos livros.



Ano: 1º a 2ºserie

Tempo estimado: Todos os dias



Materiais necessários: Utilizaremos como recursos livros de histórias infantis e os Clássicos Contos de Fadas, cartolina, lapís e borracha.



Desenvolvimento:

1º Etapa

O professor seleciona previamente e espalha o material ( cantos especificos pelas mesas), as crianças passam e observam o que há e selecionam a história que desejam que seja contada pelo professor.



2º Etapa

A professora deve tomar este um momento gosto, se possivel, permitindo que as crianças , explorem figuras e façam comentários á vontade.

O professor deve estar atento para que não haja dispersão da atividade em si, pois esta situação didática naõ é o mesmo que “pegar um livro para folhear ou ler’’ quando se terminou uma atividade e espera os colegas.

Produto final:

Junto com os alunos a professora irá montar um pinel com cartolina, onde cada criança terá que escrever o que entendeu de cada história desenvolvida em sala de aula.



Avaliação:

Com esta atividade desenvolvida, a professora discubrira se os alunos compreenderam, e com isso tomaram o gosto pela leitura.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O Mapeamento Conceitual

Extraído do site
http://www.geocities.com/Colosseum/8026/first.htm

O Mapeamento Conceitual

Amauri Bartoszeck’98

Cada pessoa forma uma imagem mental interna de um cenário. Quando o indivíduo internaliza uma cena esta é expressa nos seus próprios termos, de forma que mais tarde seja capaz de trazê-la a sua mente com maior riqueza de detalhes. Hoje há quase que um consenso que a motivação para aprender e a construção estruturada do conhecimento é uma característica muito pessoal. Na arena educativa o estudante quase nunca chega com uma mente “vazia” mas possui uma estrutura mental, muito sua, particular e pouco transferível. Embora o aprendizado de itens de informação isolados seja importante, por exemplo : lembrar qual o símbolo químico do Potássio; qual o nome do vaso que leva sangue arterial, a maioria das pessoas pode reter na memória entre 4 a 9 itens de informação corrente. Mais do que isto, elas simplesmente esquecem. Para que se tenha o encadeamento das idéias, dos pensamentos de uma forma inteligente, crítica, é necessário que o estudante adicione significado aos itens de informação, inserindo-os no arcabouço conceitual de sua estrutura mental. O estudante precisa filtrar a informação, decidir onde ela se encaixa na constelação dos conceitos. Todos nós precisamos praticar para alçar o item do mero nível de informação esparsa para o nível conceitual mais complexo e abrangente, isto é conhecimento.

O processamento das idéias é feito de maneira distribuída, mas duas estruturas cerebrais, o lobo temporal e o córtex pré-frontal têm importante relacionamento com aspectos da memória, planejamento de comportamento e tomada de decisões. Acredita-se que para ocorrer aprendizagem há uma espécie de “ancoragem” de conhecimento “novo” na estrutura mental de conhecimento prévia, que é um vasto depósito de conhecimentos e experiências. Esta manipulação de idéias e conceitos para que não ocupe todo o pequeno “espaço” da memória é submetida a um regime interno de consolidação, cujos componentes externos são a elaboração de diagramas, fluxogramas e principalmente os Mapas Conceituais.

Não basta entender os fatos, os eventos mas como estes estão organizados, como se relacionam. O mapa conceitual representa relações entre conceitos, como o conceito [x] se relaciona de maneira lógica com o conceito [y]. Esta estratégia educativa enquanto apela para a visualização espacial dos conceitos, respeita o pressuposto básico que as pessoas aprendem de modo, taxa de retenção e recuperação variáveis.

Identidade x diferença

O direito de ser, sendo diferente, na escola. Páginas 191-194.
Maria Teresa Mantoan. In:Rodrigues, D. Inclusão e educação. Doze olhares sobre a educação inclusiva.

Identidade x diferença


As propostas educacionais que visam à inclusão, habitualmente, se apoiam em dimensões éticas conservadoras. Sustentam-se e expressam pela tolerância e pelo respeito ao outro, sentimentos que precisamos analisar com muito cuidado, para entender o que podem esconder em suas entranhas.

A tolerância, como um sentimento aparentemente generoso, pode marcar certa superioridade de quem o expressa. O respeito, como conceito, implica certo essencialismo, uma generalização, que vem da compreensão de que as diferenças são fixas, definitivamente estabelecidas, de tal modo que só nos resta respeitá-las.

Nessas orientações, entendem-se as deficiências como fixadas no indivíduo, como se fossem marcas indeléveis, as quais só nos cabe aceitar, passivamente, pois nada poderá evoluir, além do previsto no quadro geral de suas especificações estáticas: os níveis de comprometimento, as categorias educacionais, os quocientes de inteligência, as predisposições para o trabalho e outras tantas mais.

Consoante a esses pressupostos é que criamos espaços educacionais protegidos, à parte, restritos a determinadas pessoas, ou seja, aquelas que eufemisticamente denominamos com Necessidades Educacionais Especiais.

A diferença, nesses espaços, é o que o outro é - ele é branco, ele é religioso, ele é deficiente -, como afirma Silva (2000), é o que está sempre no outro, que está separado de nós para ser protegido ou para que nos protejamos dele. Em ambos os casos, somos impedidos de realizar a experiência da diferença e de conhecer a riqueza da diversidade. A identidade é o que se é, como afirma o mesmo autor— eu sou brasileiro, sou negro, sou estudante...

Nossa luta pela inclusão escolar tem uma dimensão ética crítica e transformadora. A posição é oposta à anterior, ao entender que as diferenças estão sendo constantemente feitas e refeitas, pois elas vão diferindo, infinitamente. As diferenças são produzidas e não podem ser naturalizadas, como pensamos habitualmente. Essa produção é sustentada por relações de poder e merece ser compreendida, questionada e não apenas respeitada e tolerada.

Os movimentos em favor da inclusão devem seguir outros caminhos que os propostos por nossas políticas (equivocadas?) de inclusão, pois acreditamos nas ações que contestam as fronteiras entre o regular e o especial, o normal e o deficiente, enfim, os espaços simbólicos das diferentes identidades.

As ações educativas inclusivas que propomos têm como eixos o convívio com as diferenças, a aprendizagem como experiência relacional, participativa, que produz sentido para o aluno, pois contempla a sua subjetividade.

É certo que relações de poder presidem a produção das diferenças na escola, mas conforme uma lógica que não mais se baseia na igualdade, como categoria assegurada por princípios liberais, inventada e decretada, a priori, que trata a realidade escolar com a ilusão da homogeneidade, promovendo e justificando a fragmentação do ensino em disciplinas, modalidades de ensino regular, especial, seriações, classificações, hierarquias de conhecimentos.

Por tudo isso, a inclusão é produto de uma educação plural, democrática e transgressora. Ela provoca uma crise escolar, ou melhor, uma crise de identidade institucional, que, por sua vez, abala a identidade dos professores e faz que a identidade do aluno seja ressignificada. O aluno da escola inclusiva é outro sujeito, que não tem uma identidade fixada em modelos ideais, permanentes, essenciais.

O direito à diferença nas escolas desconstrói, portanto, o sistema atual de significação escolar excludente, normativo, elitista, com suas medidas e mecanismos de produção da identidade e da diferença.

Se a igualdade é referência, podemos inventar o que quisermos para agrupar e rotular os alunos como deficientes. Se a diferença é tomada como parâmetro, não fixamos mais a igualdade como norma e fazemos cair toda uma hierarquia das igualdades e diferenças que sustentam a "normalização". Esse processo, a normalização, pelo qual a educação especial tem proclamado seu poder, propõe sutilmente, com base em características devidamente selecionadas como positivas, a eleição arbitrária de uma identidade "normal", como um padrão de hierarquização e avaliação de alunos, de pessoas. Contrariar a perspectiva de uma escola que se pauta pela igualdade de oportunidades é fazer a diferença, reconhecê-la e valorizá-la.

Temos, então, de reconhecer as diferentes culturas, a pluralidade das manifestações intelectuais, sociais, afetivas. Nem todas as diferenças necessariamente inferiorizam as pessoas. Há diferenças e há igualdades, e nem tudo deve ser igual nem tudo deve ser diferente. Então, como conclui Santos (1995), é preciso que tenhamos o direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza e o direito de ser iguais quando a diferença nos inferioriza.

No desejo de assegurar a homogeneidade nos grupos sociais, nas turmas escolares, destruíram-se muitas diferenças que consideramos valiosas e importantes, hoje, nas salas de aula e para além delas. A identidade fixa, estável, acabada, própria do sujeito cartesiano unificado e racional, também está em crise (Hall, 2000). As identidades naturalizadas dão estabilidade ao mundo social, mas a mistura, a hibridização, a mestiçagem desestabilizam as identidades.

Normalização: violenta imposição de uma suposta identidade única, fictícia daquilo que é pensado como normal (Silva, 1997, Skliar, 2003).

Normalizar: escolher arbitrariamente uma identidade e fazer dela a identidade, a única possível e verdadeira.

Ex.: Norma corporal, da língua, da aprendizagem, da sexualidade, da atenção, etc.

Aristóteles: diferença está na determinação do que as coisas diferem; alteridade não carrega essa determinação; simplesmente há outro ser.
Tal como um avestruz, escondendo a cabeça na areia?


AMARAL, L. A. Sobre crocodilos e avestruzes. In: AQUINO, J. G. Diferenças e preconceito na escola. Summus Editorial. Pág. 19-28.

Antes de mais nada desejo esclarecer o que é um mecanismo de defesa. Trata-se de conceito inicialmente formulado por Freud em 1926, e posteriormente desenvolvido por Anna Freud, Otto Fenichel, José Bleger e outros autores.

Para Bleger (1977), mecanismos de defesa são técnicas ou estratégias com que a personalidade total opera para manter o equilíbrio intrapsíquico, eliminando fontes de insegurança, perigo, tensão ou ansiedade, quando, por alguma razão, não está sendo possível lidar com a realidade.

Por outro lado, Goffman (1982), que nos fala de estigma e das relações mistas, nos lembra que estas são, por definição, relações tensas e ansiógenas.

Quero com isso dizer que nas situações em que entrar realisticamente em pleno contato com a diferença significativa (ou mesmo entrar em conflito com o sentimento de rejeição que ela pode gerar) não é uma possibilidade psicológica imediata, e havendo a necessidade de "fugir" da questão, podemos assumir a postura de avestruz: enfiamos a cabeça na areia para não ver o que não queremos ou não podemos ver.

Ou dito de outra forma: se reconhecer a diferença significativa do outro (ou nossa rejeição a ela) nos causa profundo mal-estar, tensão e ansiedade, uma das possibilidades é o acionamento do mecanismo de defesa da negação,7 o qual pode revestir-se de algumas roupagens específicas: compensação, simulação e atenuação.

No cotidiano usamos certas expressões "clássicas" que ilustram essas três formas de negação. Exemplos delas não faltam em nosso repertório do dia-a-dia.

Ao dizermos (ou até mesmo pensarmos) frases do tipo: "é paralítico mas tão inteligente", "é negro mas tem alma de branco", "é homossexual mas tão sensível"... estamos compensando aquela característica ou condição que consideramos espúria e, portanto, negando-a ao contrapô-la a um atributo desejável — o "mas" denuncia isso.

Dizemos também: "podia ser pior", "não tem uma perna—e podia não ter as duas!", "não é tão grave assim"... Nesse caso, será que não estamos negando, pela atenuação, a especificidade (tipo e dimensão, por exemplo) de dada condição ou característica?

A simulação ocorre quando negamos literalmente a diferença: "é cego, mas é como se não fosse", "é homossexual mas nem parece"... Fazemos “de conta que”.

O fato é que enfiar a cabeça na areia não nos liberta da armadilha relacional (continuamos sofrendo a ansiedade na relação interpessoal), nem facilita a vida do significativamente diferente, seja ele diferente nesta ou naquela condição, esteja ele neste ou naquele contexto—inclusive, e talvez até especialmente, no educacional.

Um pouco mais sobre diversidade/deficiência ou "água mole em pedra dura tanto bate até que fura"

Todos nós, de uma ou de outra forma, já sabemos, um pouco pelo menos, a evolução dos conceitos referidos à condição de deficiência pelas práticas sociais a eles aliadas. Ou seja, já sabemos que, decorrentes dos conceitos em vigência em diferentes momentos, ocorreram movimentos de extermínio, marginalização, confinamento, veneração, temores profundos, omissão, pessimismo, paternalismo exacerbado e explícito, paternalismo camuflado, descrédito, segregação, credibilidade, investimento em educação e reabilitação, extermínio novamente, marginalização, pseudo-integração, integração real, luta pela cidadania...

A indagação maior que se coloca pode ser assim formulada: como contribuir para o avanço do conhecimento nessa área tão impregnada de ambivalência e ambiguidade, tão entranhada de preconceitos, estereótipos e estigma, tão "território de ninguém" e, simultaneamente, tão "pertencente" a tantos proprietários/especialistas?

Claro está que a "mesma" contribuição sempre é possível quando outros são os interlocutores. Porém mesmo assim, em outras ocasiões, como hoje, o desejo de introduzir novas vertentes para reflexão trazia (e traz) consigo a sedução e o desafio do pensar.

Brincando com as ideias, diria que a Educação, como cada um de nós, deve escolher a roupa adequada para os dias frios assim como para os de calor, os alimentos compatíveis com o horário e/ou clima, os comportamentos para as situações de alegria ou de tristeza, as expressões emocionais para momentos públicos ou de intimidade... Enfim, escolher o melhor (para cada um de nós e para aqueles que nos cercam) para um melhor viver.

Voltando ao "água mole em pedra dura tanto bate até que fura", devo confessar que foi fascinante a experiência de pensar sobre esse "ditado", pelas razões que compartilho a seguir.

Quando a expressão me ocorreu referia-se, evidentemente, à ideia de que seria válido voltar, tantas vezes quanto possível, a uma mesma reflexão para que, finalmente, um dia, quem sabe, ela pudesse atravessar as muralhas de pedra dos preconceitos a que estamos sujeitos, como seres humanos que somos e, muitas vezes, sem nem nos apercebermos de sua presença em nós mesmos.

Quanto ao referido aluno: incompetência, pobreza, inclusão em família "desestruturada", deficiência, doença... Quanto ao professor: desinteresse (pela desvalorização do papel social e pelo aviltamento salarial), inadequação da formação, falta de "reciclagem", não investimento em aprendizagem de novas "técnicas" e/ou teorias...

Alguns de nós vêm chamando essas colocações de "culpabilização da vítima".

Passemos agora à discussão sobre o que é deficiência, que divide com outros (muitos) conceitos a representação de fenômeno multifacetado, impregnado de denotações e conotações. Dentre esses muitos, pensemos nas outras diferenças significativas, ligadas, por exemplo, a: religiosidade, homossexualidade, velhice...

Lembremos também que o conjunto formado por conceito/definição de deficiência aponta, inexoravelmente, para os contextos em que tem sido engendrado. Desejo portanto frisar que, ao nos debruçarmos sobre um conjunto conceito/definição, é imprescindível lembrar que essa díade é sempre historicamente datada.

Ou seja, em dado contexto elabora-se um conceito (representando um objeto de uma dada forma), o qual é operacionalmente descrito por uma definição que visa à ampla compreensão daquele, bem como sua divulgação e apropriação pelos receptores previstos.

Essas afirmações prendem-se ao fato de desejar, aqui, enfatizar minha leitura: penso que o conceito de deficiência e sua definição passam por dimensões descritivas e por dimensões valorativas, tendo sempre um caráter histórico concreto: um determinado momento, num contexto socioeconômico-cultural específico.

Passo a compartilhar, embora de forma bastante reduzida, algumas das sugestões nele contidas (OMS/SNR, 1989):

DEFICIÊNCIA (impairment) refere-se a uma perda ou anormalidade de estrutura ou função: Deficiências são relativas a toda alteração do corpo ou da aparência física, de um órgão ou de uma função, qualquer que seja a sua causa; em princípio deficiências significam perturbações no nível de órgão, (grifos meus)

INCAPACIDADE (disability) refere-se à restrição de atividades em decorrência de uma deficiência: Incapacidades refletem as consequências das deficiências em termos de desempenho e atividade funcional do indivíduo; as incapacidades representam perturbações ao nível da própria pessoa, (grifos meus)

DESVANTAGEM (handicap) refere-se à condição social de prejuízo resultante de deficiência e/ou incapacidade: Desvantagens dizem respeito aos prejuízos que o indivíduo experimenta devido à sua deficiência e incapacidade', as desvantagens refletem pois a adaptação do indivíduo e a interação dele com seu meio, (grifos meus)

Tenho, há vários anos, pensado a deficiência, corno fenômeno global, distribuída em dois subfenômenos/ deficiência primária (deficiência e incapacidade) e deficiência secundária (desvantagem).

Em minha visão a primeira delas (a deficiência primária) está remetida a aspectos descritivos, intrínsecos (ou qualquer nome que se queira dar) e a segunda, basicamente, a aspectos relativos, valorativos, extrínsecos...

A deficiência primária pode impedir ritmos e formas usuais de desenvolvimento, mas não a sua ocorrência — o que de fato vem a suceder, muitas vezes, em decorrência das variáveis envolvidas na problemática da "desvantagem" (deficiência secundária). Ou seja, estou referindo-me a questões que apontam para a relativização inerente à própria ideia de desvantagem. Só se está em desvantagem em relação a algo ou alguém! E é na possibilidade de problematização da desvantagem, da deficiência secundária, que repousa a maior contribuição da atual conceituação-definição-nomenclatura — "malgrado" oriunda de um modelo médico.

Em relação à "deficiência" e à "incapacidade" (que, como já dito, entendo como "deficiência primária") não desejo alongar-me, até porque sou ardorosa defensora da ideia de que as deficiências existem (e não são apenas socialmente construídas), assim como existem incapacidades delas decorrentes. É uma questão descritiva: é o olho lesado e o não ver, é a medula lesionada e o não andar...

Mas a que nos remete a própria ideia de "desvantagem", de prejuízo? A peculiaridades intrapsíquicas sim, porém, com certeza, a contingências preponderantemente sociais: as chamadas especificidades socioeconômico-culturais, tais como sistema econômico, organização política, crenças e valores, leituras e interpretações sociais e, em consequência, a um conjunto de ações/reações ao fenómeno deficiência e às pessoas que o corporificam.

Talvez aí esteja, afinal, a verdadeira revolução: a mudança radical dessas interações sociais — até agora tão marcadas pelo maniqueísmo da plenitude versus falha, sanidade versus insanidade, perfeição versas imperfeição, eficiência versus ineficiência: DEFICIÊNCIA?

A questão conceitual (e seus desdobramentos em definições e nomenclaturas) não se limita a mero exercício de retórica. Penso, ao contrário, que a problematização desse aspecto traz subsídios fundamentais para uma outra (e talvez subsequente) temática: a da integração social ou comunitária (como nomeiam diferentes autores) desse abstrato coletivo "crianças com deficiência", expresso nas individualidades que o compõem.

Ou, a partir de outro ângulo, penso que essa discussão pode ir realmente muito além de um exercício de retórica. Penso que, mais do que isso, a questão conceitual pode encaminhar novas formas de interação humana, uma vez que se ponham a descoberto os aspectos intimamente vinculados à desvantagem, especialmente em sua vertente social.

E ainda: cada um de nós pode subverter alguns dos postulados vigentes, revolucionar a mentalidade hegemônica. Essa seria, para além da própria revolução conceitual, a revolução micropolítica, detonada e exercida no cotidiano, nas interações do dia-a-dia — e talvez especialmente no cotidiano escolar.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O Senso Comum

Trabalho de Sociologia



Pesquisa sobre:
1. Senso comum.
2. Bom senso.
3. Conhecimento.
4. Conhecimento filosófico.
5. Ciência. Características da Ciência.
6. Verdade e objetividade.



Senso comum

Senso comum (ou conhecimento espontâneo, ou conhecimento vulgar) é a primeira compreensão do
mundo resultante da herança fecunda de um grupo social e das experiências atuais que continuam sendo efetuadas. Pelo senso comum, fazemos julgamentos, estabelecemos projetos de vida, adquirimos convicções e confiança para agir. É baseado em fontes de conhecimento entre as quais o bom-senso, a tradição, a intuição e a autoridade de um conhecimento específico.
Quando atravessamos uma rua nós estimamos, sem usar uma
calculadora, a distância e a velocidade dos carros que vem em nossa direção. Estes exemplos indicam um tipo de conhecimento que se acumula no nosso cotidiano e é chamado de senso comum e se baseia na tentativa e erro. Todos precisaram do senso comum que nos permite sentir a realidade e vai do hábito de realizar um comportamento até a tradição que, quando instalada, passa de geração para geração.
No senso comum não há análise, o senso comum é o que as pessoas usam no seu quotidiano, o que é natural, o que elas pensam que é verdade.

Bom senso

Pode ser definido como a forma de "filosofar" espontânea do homem comum, também chamada de "filosofia de vida", que supõe certa capacidade de organização e independência de quem analisa a experiência de vida cotidiana.
É a escolha de alguns critérios para decidir sobre os problemas e dúvidas encontrados. Criteriosidade, porém, pouco rigorosa. Mesmo não tendo acesso à filosofia e à ciência, alguns homens são capazes de desenvolver um senso crítico, uma sabedoria de vida, por meio da qual podem assumir uma postura de certa independência em relação à avalanche de informações e pressões ideológicas que os cercam a todo instante.
Refere-se ao ato de raciocinar do ser humano (juízo claro, prudência, etc.).

Conhecimento

Hoje existem vários conceitos para esta palavra e é sabido por todos que conhecimento é aquilo que se conhece de algo ou alguém. Isso em um conceito menos específico. Contudo, falar deste tema é indispensável não abordar
dado e informação.
O conhecimento pode ainda ser
aprendido como um processo ou como um produto. Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, idéias e conceitos o conhecimento surge como um produto resultante dessas aprendizagens, mas como todo produto é indissociável de um processo, podemos então olhar o conhecimento como uma atividade intelectual através da qual é feita a apreensão de algo exterior à pessoa.
Há alguns tipos de conhecimento: Conhecimento Empírico que é o modo comum de se conhecer sem que haja procura ou reflexão; Conhecimento Científico que se preocupa em analisar e sintetizar explicações e soluções; Conhecimento Filosófico que é adquirido quando se procura respostas para interrogações e questionamentos; Conhecimento Teológico que é adquirido como revelação divina pela fé.

Conhecimento Filosófico

Mais ligado à construção de idéias e conceitos. Busca as verdades do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo modo assemelha-se ao conhecimento científico - por valer-se de uma metodologia experimental -, mas dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis, metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu olhar sobre a condição humana.
O conhecimento filosófico tem por origem a capacidade de reflexão do homem e por instrumento exclusivo do raciocínio. Como a Ciência não é suficiente para explicar o sentido geral do universo, o homem tenta essa explicação através da Filosofia.
Filosofando, ele ultrapassa os limites da Ciência-delimitadao pela necessidade da comprovação concreta - para compreender ou interpretar a realidade em sua totalidade. Mediante a Filosofia estabelecemos uma concepção do mundo.

Ciência. Característica da Ciência

A Estatística fornece métodos e técnicas de pesquisa para que o profissional possa lidar, racionalmente, com situações sujeitas a incertezas. Envolve o planejamento de experimentos a ser realizados, a coleta qualificada de dados, a inferência, o processamento, a análise e a disseminação de informações. O desenvolvimento e o aperfeiçoamento de técnicas estatísticas de obtenção e análise de informações permitem o controle e o estudo adequado de fenômenos, fatos, eventos e ocorrências em diversas áreas do conhecimento.
É oportuno apresentar aqui as características do método científico, que também se aplica ao mesmo tempo ao método, filosófico com pequenas restrições, por se tratar de objeto não material. São as seguintes características básicas das ciências e do método científico, tomando como referência principalmente as idéias de Karl Popper e o seu Falseonismo, do qual faremos uma revisão no próximo roteiro:
O conhecimento cientifico é conjectural: não há veredas inquestionáveis – qualquer teoria pode vir a ser refutada e substituída por outra melhor.
A atividade científica começa a partir de um problema, e não de observações puras ou coletas de dados. O problema, por sua vez, nasce de lacunas ou falhas em uma teoria prévia (ou expectativas, hipóteses, etc.).
Para resolvermos um problema formulamos hipóteses. As hipóteses e teorias guiam nossas observações e nossos testes, ou seja, nossas tentativas de refutá-las.
Se a hipótese, lei ou teoria resistir ao teste, ela será aceita, provisoriamente, como possivelmente verdadeira – mas jamais poderá ser definitivamente comprovada, nem sua probabilidade aumentará com a repetição do experimento.
Uma hipótese será considerada científica se for possível imaginar uma situação que a refute, uma vez que as hipóteses e as teorias científicas - embora não sejam logicamente refutáveis. Entretanto a decisão de aceitar ou não uma refutação é sempre conjetural.
O aprendizado científico ocorre por ensaio e erro e não por indução: testamos e criticamos nossas hipóteses, substituindo-as por outras melhores em caso de refutação. A nova hipótese gera novos problemas e, dessa forma, o conhecimento científico progride.
Nas explicações científicas, utilizamos, além das condições iniciais, leis gerais que afirmam em que condições os fenômenos devem ocorrer e que podem ter tanto um caráter causal como um caráter probabilístico.
As teorias se valem de modelos e procuram refletir, de forma parcial, simplificada e hipotética, aquilo que ocorre na natureza. Uma teoria deve ser logicamente coerente e compatível com outras teorias científicas.
Verdade e Objetividade

Entrevista de Josenildo Luís Guerra a Victor Gentilli
Objetividade é o conceito de verdade, no realismo. O realismo toma o conhecimento como reflexo da realidade. A objetividade é a propriedade que permite ao discurso a possibilidade de ser fiel ao fato, objeto do conhecimento. Assim, o conhecimento verdadeiro no realismo é aquele conhecimento que apreenderia a coisa em si mesma, sem a interferência do sujeito que se propõe conhecê-la. Esse conhecimento que é fiel à coisa tem a propriedade de ser objetivo, logo, no realismo, verdade é objetividade.

Por Alfredo Vizeu em 27/2/2007O jornalismo é uma forma de conhecimento que tem um papel central na compreensão de homens e mulheres sobre o mundo que os cerca. Ajuda-os a entender seu entorno, uma sociedade cada vez mais complexa à quais eles e elas não têm mais acesso no seu dia. Nesse sentido, podemos dizer que o jornalismo contribui para construção da realidade cotidiana. É função de jornais, rádios, TVs e internet, que trabalham com a informação, possibilitarem que cidadãs e cidadãos possam, através dos mais diversos olhares do campo jornalístico, perceber, entender e intervir sobre o mundo que os cerca.Dentro desse contexto, o jornalismo é uma atividade profissional de mediação, resultado de uma organização pública ou privada; seu produto, a notícia, é sempre um bem público, que se decide a interpretar a realidade social e mediar entre os que fazem o espetáculo da cobertura diária e o público, cidadãos e cidadãs que precisam dessa interpretação para ajudá-los a entender o dia-a-dia.

Bibliografia
Observatório da imprensa.com.br/artigos
Brasil escola.com./filosofia/conhecimento
ufmg.br/mostradasprofissoes
jornallivre.com.br
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Terra.com.br

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Preconceito Linguistico










DE ONDE VEM O PORTUGUÊS?
1.Antes de 1500 o Brasil era uma terra de várias tribos, de vários dialetos
2.1500 chegada do homem branco
3.Colonização Portuguesa
4.Escravidão de negros e índios
5.Imigração de Povos ( Franceses, Italianos, Alemães, Espanhóis, Europeus e Japoneses)



Mistura Brasileira


Nossa língua é oriunda de Portugal, mas aqui no Brasil não se fala como os Portugueses, pois na época da colonização, muitos povos de terras distantes vieram, com seus idiomas, costumes e culturas, fazendo assim uma mistura de dialetos com o idioma dos colonizadores e dos povos aqui antes encontrados, os índios.



Toda língua é viva, dinâmica, está em constante movimento.


Na medida que a humanidade evolui e se modifica com o passar do tempo, a língua acompanha essa evolução variando de acordo com os diversos contatos entre as pessoas que pertencem à comunidade universal.
Existem quatro modalidades que explicam as variantes linguísticas:
1.Variação Histórica: palavras e expressões que caíram em desuso com o passar do tempo.
2.Variação Geográfica: diferenças de vocabulário, pronúncias de sons, sinônimos diferenciados para uma mesma coisa. (macaxera, mandioca)
3. Variação social: ( capacidade linguística do falante provém do meio em que vive, sua classe social, faixa etária, sexo e grau de escolaridade)
4. Variação estilística: ( cada indivíduo possui uma forma e estilo de falar próprio, adequando-o de acordo com a situação em que se encontra).


Como surgiu o preconceito Linguístico?

Devido à grande diversidade cultural e as diversas pronúncias da Língua Portuguesa no Brasil, nas suas diversas regiões, aliado ao preconceito racial e social; gerou uma grande polêmica sobre quem realmente fala português corretamente
As pessoas que tiveram acesso a uma educação de qualidade “ norma padrão de prestígio” e pertencem a elite, sob o pretexto de defender a língua portuguesa, rotulam pessoas com baixa instrução dizendo que é feio falar errado.

“Não existe nenhuma variedade nacional, regional ou local que seja melhor. É preciso abandonar essa ânsia de tentar atribuir a um único local ou a uma única comunidade de falantes o ‘melhor’ ou o ‘pior’ português e passar a respeitar igualmente todas as variedades da língua, que constituem um tesouro precioso de nossa cultura”. ( Marcos Bagno )


Mas afinal, como identificamos o preconceito linguístico?

O falante que não domina a língua denominada “Padrão”, sofre preconceitos e é “excluído” pelas pessoas que tiveram acesso à educação de qualidade, pois estes consideram-se melhores que os demais.


Robotizar a Língua


“É preciso ensinar a escrever de acordo com a ortografia oficial, mas não se pode fazer isso tentando criar uma língua falada ‘artificial’ e reprovando como ‘erradas’ as pronúncias que são resultado natural das forças internas que governam o idioma. Além do mais, não existe nenhuma ortografia em nenhuma língua do mundo que consiga reproduzir a fala com fidelidade”.



Preconceito Linguístico


No preconceito lingüístico – O que é???? De acordo com Marcos Bagno “Preconceito Linguístico é a atitude que consiste em discriminar uma pessoa devido ao seu modo de falar “Ele é alimentado diariamente em programas de televisão e de rádio, em colunas de jornal e revista, em livros e manuais que pretendem ensinar o que é “certo” e o que é “errado”. A fim de promover o Preconceito Racial.







“É um verdadeiro acinte aos direitos humanos, por exemplo, o modo como a fala nordestina é retratada nas novelas de televisão, principalmente da Rede Globo. Todo personagem de origem nordestina é, sem exceção, um tipo grotesco, rústico, atrasado, criado para provocar o riso, o escárnio e o deboche dos demais personagens e do espectador. No plano lingüístico, atores não-nordestinos expressam-se num arremedo de língua que não é falada em lugar nenhum no Brasil, muito menos no Nordeste. Costumo dizer que aquela deve ser a língua do Nordeste de Marte! Mas nós sabemos muito bem que essa atitude representa uma forma de marginalização e exclusão." (BAGNO, p. 44)


Sátiras com o modo de falar das pessoas do interior






















A Internet

oiiiiiii maninho tudo bem entaum sabado eu num vou estar em ksa mas na semana inteira eu vou estar em ksa faz o seguinte me liga pra gente come ai fiiiii c ta joia ou c vem pro carnaval !ou to morando sozinho c binar blza!!!!!! bjs




"As pessoas sem instrução falam tudo errado”.

"O que está em jogo aqui não é a língua, mas a pessoa que fala essa língua: onde ela vive, que posição social ocupa, qual sua condição econômica. Por exemplo, se o Nordeste é ‘atrasado’, ‘pobre’, ‘subdesenvolvido’, então, ‘naturalmente’, as pessoas que lá nasceram e a língua que elas falam também devem ser consideradas assim...”.


Óia aí o seu Creisom som som som

Todo brasileiro sabe o português , que é a língua materna dos que nascem e vivem aqui, e aprender a identificar o equilíbrio entre a maneira adequada de usar a lingua oral e escrita, quando usá-la, para que atendam às necessidades linguísticas das comunidades que os usam, é o nosso grande desafio como futuros educadores. Vamos à luta!












Bibliogragia

BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália – Novela Sociolinguística. São Paulo. Ed. Contexto, 1997.
BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: Oque é, como se faz. São Paulo. Ed. Loyola, 2000.
http;//www.wikipedia.org acesso em 19/03/2009
http://www.filologia.org.br/ acesso em 22/03/2009
www.alinemenezes.com/preconceitolinguistico acesso em 15/03/2009
http://www.youtube.com/watch?v=gNj36S3gJ54&feature=related acesso em 30/03/2009 Video sobre o preconceito linguístico no Brasil! No Brasil há vários português! Montagem com os filmes "O Cara do Ano", "Domésticas e "Central do Brasil". Edição e Produção: Bruno Chiba e Rodrigo ...

Contribuindo com a educação





Que animal sou eu?

Sou tímida e discreta.
Escuto longe, então cuidado se quer guardar um segredo fale bem longe de mim...

Observo antes de tomar minhas decisões, sou detalhista e exigente.

Muitos me consideram uma ave agourenta,

mas na verdade todos invejam minha sabedoria.

Enxergo longe, e meu pescoço pode girar até 180 graus, além de esticá-lo para cima.

Meus predadores naturais são: os gaviões, as cobras e os gatos do mato.


Mas tudo bem, mesmo assim consegui sobreviver

Achei meu par ideal...

E olha no que resultou...


Sou uma linda coruja














domingo, 6 de dezembro de 2009

As Winks e A Educação



Somos estudantes de Pedagogia em busca de uma Educação melhor para todos.



A Pedagogia está inserida no processo de formação de professores tendo como diretriz; a capacitação de professores éticos, qualificados para desempenhar funções relevantes à sociedade e respeitar a diferença.

Com a tecnologia na educação cresce as formas de busca por conhecimento e para as praticas pedagógicas. A tecnologia digital trás um mundo de leituras e imagens.

Acreditamos que a tecnologia digital possa garantir momentos prazerosos para a criança na busca por uma educação vasta de conhecimento, tendo contato com vários textos e varias imagens contribuindo para seu aprendizado.






Como As Winks sempre unidas e lutando pelos seus ideais,
procuramos fazer o mesmo...
Colocamos alguns trabalhos feito por nos para ajudar as novas estudantes do curso de pedagogia a nos novos desafios.
Sempre estudando e buscando conhecimento consegimos realizar nossos objetivos.



"O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada, caminhando e semeando, no fim terás o que colher." (Cora Coralina)


"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina" (Cora Coralina)


"Não sei ...se a vida é curta ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas" (Cora Coralina)